quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Stuart Sutcliffe ART SOUNDS LIKE…





Será que acordado estou igualmente dormindo? Envolto em fino tecido transparente. Sente-se seguro, tranqüilo, entrelaçado ali parado. Sente-se bem, apesar de tudo que o rodeia. Olhos fechados, boca serena, bochechas pálidas iluminadas. Sente. E quer seguir sentindo assim. Disposto a permanecer, mesmo sem saber. Junta as mãos num ato qualquer que um dia aprendeu por aí. Corpo magro, fino, meio pálido meio ocre. Está. E nem se preocupa com onde ou porque. Aconchegado em seu habitat. Nem tão pouco quer parecer, apenas inspirar e expirar. Assim pode um pouco se ver.


Algo leve, algo tranquilo, quase parado, não fosse o movimento que mesmo discreto, se apresenta. Transparências que se destacam sob os tons escuros, trazendo um equilíbrio também discreto, que com a ajuda da luz se destaca e guia os olhares para dentro da obra. Cores quentes. O amarelo está por toda parte, parece mesmo acender cada detalhe. Já o vermelho aquece ao mesmo tempo que procura um ponto que cause impacto suficiente em meio aos tons escuros. As linhas dançam em todas as direções criando formas em meio a pinceladas soltas. Com a ajuda do amarelo e do vermelho reforçam sua presença. Aos poucos o olhar encontra a junção de todos os detalhes, que parecem ter sido criados quase por acaso, mas com muita precisão e talvez, certa malícia.

Do autor, Stuart Sutcliffe, 1940-1962. Nascido na Escócia, criado na Inglaterra. Artista, poeta, escritor e músico. Foi baixista dos Beattles antes dos mesmos serem mundialmente conhecidos.

Da obra, Sem título, pincel, tinta, watercolor, e lavagem no papel, com 40.5x57cm. Criada por volta de 1960.

Mais Stuart: http://www.stuartsutcliffeart.com/

terça-feira, 1 de março de 2011

(Captura-de-tela-2011-03-01-às-9.51.51-PM)
grafite, lápis de cor, colagem digital
por: Sheila

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Artista ::::::: Richard Hamilton

Pai da Pop Art, ao menos a base para o início dela. Richard Hamilton nasceu em Londres (Inglaterra) em 24/02/1922, hoje vive e trabalha em NY.




Sua arte ficou mais conhecida em meados de 1956, com colagens que retratavam o sonho consumista pós-guerra. Até então nada parecido com a hoje conhecida Pop Art existia. Richard fez parte do Independent Group, formado também por Eduardo Paolozzi e Richard Smith, também muito influentes na concepção do que hoje conhecemos por Por Art.


(O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? - colagem 1956)
Direito de escolha do consumidor, escapismo, hedonismo, produtos de consumo em massa, recortes de revistas que as pessoas tinham o costume de ler, e portanto tornava fácil identificação com a obra proposta.
Um modo democrático de arte, onde todos entendiam imediatamente a mensagem a ser transmitida. Diferente da Arte Moderna, em alta nesse momento da história da arte, onde era necessário interpretar e entender a arte. A Pop Art tinha que ser objetiva. Tinha como um dos principais focos, nivelar, aprimorar o campo da cultura visual existente no momento, onde as pessoas só tinham contato com arte em museus e exposições.

Claro que há muito o que se falar sobre a Pop Art, mas achei interessante saber um pouco mais sobre como tudo teve início, e para tanto é importante lembrar de Richard Hamilton, com certeza um dos mais influentes, senão o mais influente, no nascimento da Pop Art.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pixel Show Mode ON :::::::::: Rico Lins

Carioca, com estúdio em São Paulo e reconhecimento internacional. Conhece? Rico Lins é designer gráfico, diretor de arte, ilustrador, educador, palestrante e porque não curador também certo? Já trabalhou pra grandes jornais franceses, no período em que viveu na França, por cerca de 6 anos. No Brasil foi responsável pela redefinição da linguagem visual da Natura e foi curador da exposição “Brasil em Cartaz” em comemoração ao “Ano do Brasil na França” além de muitos outros trabalhos merecidamente reconhecidos. Esse ano tem presença garantida na edição do Pixel Show em outubro.











Cursou a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), sempre foi ligado a cartazes, revistas, impressos, a parte gráfica no geral. Iniciou sua carreira ilustrando livros infantis.









Repertório, criatividade, ousadia. Em meio ao cenário no qual estamos inseridos atualmente, onde o dinheiro, o capitalismo e a globalização falam mais alto, Rico Lins mantém a todo vapor os princípios essenciais para um bom design criativo e diferente.

Abaixo tem dois vídeos para quem quer conhecer um pouco mais desse grande designer, um deles é uma animação com algumas das obras da exposição "Uma Gráfica de Fronteira", e o outro é uma entrevista para o programa Metrópole da TV Cultura em maio desse ano, onde ele fala um pouco sobre a mesma exposição. Vale conferir! Enjoy.









quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pixel Show Mode ON :::::::::: Molly Crabapple


Como muitos sabem em outubro será realizado o evento Pixel Show em São Paulo, pela revista Zupi. E na tentativa de conhecer um pouco mais alguns dos palestrantes teremos esse mês o "Pixel Show Mode ON" aqui no blog. Começamos com uma artista de respeito. Sentem, olhem, leiam e aproveitem!

The New York Times, Wall Street Journal, Marvel Comics the Bloomberg Corporation e Playgirl, são apenas alguns dos clientes para quem ela já desenhou, além de ter ilustrado oito livros. Achou muito? Seus trabalhos contemplam ainda cenários teatrais, livros infantis, instalações para desfiles, webcomics, quadrinhos pornográficos entre outros.

E quem é ela? 25 anos artista, autora, empreendedora, ex-modelo artística, dançarina burlesca,e como se não bastasse fundadora da Dr. Sketchy’s Anti-ArtSchool (grande cadeia mundial de estilo de vida alternativo com aulas de desenho, unindo Escola de Arte e Cabaret).





Nascida Jennifer Caban e conhecida como Molly Crabapple, ela tem um currículo de dar inveja. Aprendeu a desenhar em uma livraria de Paris e desde então não parou mais. Seu estilo vitoriano é baseado na ambição e seus artifícios.






Em seu site ela conta que sua técnica de ilustração vem de tanto copiar Alice no País das Maravilhas.

“Logo me apaixonei com a sensação de fazer linhas de tinta, o crepitar do papel, o risco da ponta da caneta, o prazer sensual na elaboração de uma curva”. (Molly Crabapple)



Sobre sua arte? Cores quentes predominantes, como não podia deixar de ser levando em conta o tema burlesco enfeitado com muito glamour. Curvas, muitas curvas, contornos bem evidentes lembram desenhos de história em quadrinhos.




Apesar da baixa pregnância devido a grande concentração de elementos visuais não necessariamente seguindo uma regularidade, é possível observar um certo equilíbrio visual na maioria de suas obras.


Uma coisa que observei é que o narcisismo está presente em grande parte das ilustrações de Molly, com personagens que se auto-retratam enquanto olham no espelho, e até mesmo personagens que surgem de dentro de espelhos.

Pra quem gostou Molly tem presença confirmada no evento Pixel Show que acontece em São Paulo no mês de outubro. Tente não perder!


+Infos

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Hibi no Neiro ::::::::::::::: Vídeo

Idéia simples. Idéia simples mesmo? Depois de pronto parece fácil, mas imagino o tempo que levaram para bolar essas idéias de intervenção nos vídeos e para editar tudo.

Sour é o nome do grupo composto por Hoshijima (França), Sohey (Tóquio) e Kennnnn (Alemanha). Juntos fizeram a música “Hibi no Neiro” que traduzida significa mais ou menos “Sons do Cotidiano”. A música é o novo single do EP “Water Flavor”






Até aí nada demais certo, o que chama a atenção é que o clipe de divulgação da música é todo feito com a ajuda de fans. Por meio de suas webcans os fans gravaram imagens que depois deram origem ao clipe. Ok, até aí tudo bem também. Porém a edição do clipe fez com que cada imagem se interligasse com outra, formando uma bela e complicada composição.

Idéia simples, execução nem tanto, mas sem dúvida muito criativo.


+Info
Dirigido por: Masashi Kawamura, Hal Kirkland, Magico Nakamura e Masayoshi Nakamura.
Banda:
http://sour-web.com/

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ilustração ::::::::::::: Léopold Rabus

Léopold Rabus, 27 anos e muito absurdo. Assim como já vimos por aqui no blog, alguns artistas como Jason Thielke exploram o corpo e a mente em seus trabalhos. Rabus também optpou por essa forma de expressão, porém com um diferencial, claro. Com um mix de mídias diferentes ele criar lindas peças de arte instigantes e chocantes. Até aí nada de tão diferente certo, porém cada peça conta com uma chave mestra, “o absurdo”.






Atualmente ele vive e trabalha em Neuenburg, na Alemanha. Por meio de pinturas ou instalações instigantes, suas imagens traduzem sonhos, ou pesadelos, emaranhados de cores cujos motivos estão quase sempre ligados a figuras familiares e ou passadas.





Com materiais orgânicos e imagens da obsessão humana, podemos perceber cenas meticulosamente pintadas, em uma sobreposição de sonhos em sequência. Irônico, grotesco, transfigurado, assim percebemos a arte de Rabus.



Um tanto quanto sombrio talvez, mas a cada novo olhar percebemos um detalhe a mais em suas obras. E se existe uma certeza em todas elas é que esbanjam emoções muito fortes. E são essas emoções transbordando, que nos chamam a atenção e nos prendem o olhar.